Almas Cruzadas de Simões e Rob Van Doeselaar

Inaugura-se a 31 de Maio corrente, pelas 18 horas, a exposição de artes plásticas “Almas Cruzadas”, de Simões e Rob Van Doeselaar, fruto da convivência dos dois artistas em Moçambique. A mesma está patente na Galeria Kulungwana, na Estação Ferroviária de Maputo, até ao dia 29 de Junho de 2018.

A exposição “Almas Cruzadas”, que junta o conhecido escultor moçambicano Simões e o pintor holandês Rob Van Doeselaar, é resultado da amizade e da convivência artística que se estabeleceu entre os dois artistas nos últimos quatro anos.

Partindo de vivências e experiências diferentes, Simões e Rob estabeleceram pontos de convergência e compreensão entre duas culturas diferentes, enriquecendo simultaneamente o seu mundo interior. Ainda que os dois artistas tenham referido a importância deste conhecimento, as suas obras mantêm-se fiéis ao percurso que cada um deles estabeleceu ao longo de muitos anos de trabalho.

Simões e Rob Van Doeselaar são contemporâneos, nascidos ambos nos finais da década de 50. O primeiro formou-se, fundamentalmente, sob a influência do escultor Alberto Chissano, tendo ao longo da sua carreira, trabalhado ainda com um amplo conjunto de outros artistas nacionais e internacionais. Viria a profissionalizar-se dez anos depois, tendo então realizado também a sua primeira individual na Loja Galeria|Horizonte Arte-Difusão, juntamente com outros nomes importantes da vida artística moçambicana. De então para cá, o artista tem tido uma actividade intensa, com uma presença constante em Moçambique e no estrangeiro. Simões é ainda membro da Associação Kulungwana, onde tem ocupado cargos de direcção na mesma.

Rob Van Doeselaar tem uma formação académica, tendo frequentado a Academia de Arte de Amsterdão, tendo inicialmente como referência os grandes mestres holandeses. Viria depois a interessar-se também pela arte contemporânea. A sua pintura é um compromisso entre estas duas influências, onde sobressaem as tonalidades fortes e contrastantes, fruto provável da sua longa permanência em África e na Ásia. O pintor é ainda distinguido com importante prémio de prestígio, fruto da sua actividade enquanto retratista. O artista não é totalmente desconhecido entre nós, já que realizou ainda este ano uma exposição individual, Pinturas do Céu, em Maputo.

Esta exposição, a inaugurar-se em 31 de Maio, permite aos estudantes de arte, especialistas e público em geral a possibilidade de mais uma vez poderem ter acesso à obra destes dois artistas, unidos por laços de amizade e camaradagem profissional.